A Economia Social de Mercado surgiu como resposta às experiências negativas do liberalismo laissez-faire do século XIX e do intervencionismo estatal nazista no século XX. Inspirados por pensadores como Wilhelm Röpke, Walter Eucken e Alfred Müller-Armack, economistas alemães defenderam um modelo que unisse liberdade econômica e justiça social, sem cair nos extremos de um Estado controlador nem de um mercado sem limites. A ideia central era que a qualidade do Estado importava mais que seu tamanho, cabendo a ele garantir a ordem econômica, mas não gerir diretamente os processos.
O conceito de Economia Social de Mercado encontrou aplicação prática com Ludwig Erhard, ministro da Economia da Alemanha em 1948. Ele acreditava que a melhor forma de evitar desigualdades profundas era promover concorrência justa e evitar monopólios. Essa visão deu base ao crescimento econômico do pós-guerra e, mais tarde, foi incorporada oficialmente ao contrato de unificação alemão em 1990. Desde então, o modelo passou por transformações, mas manteve como característica central sua capacidade de adaptação a novos contextos e desafios.
Atualmente, a Economia Social de Mercado continua sendo debatida e reinterpretada frente às demandas do século XXI. A Alemanha busca constantemente inovação nesse modelo, dialogando com experiências de outros países. Nesse sentido, iniciativas como a análise do caso brasileiro permitem ampliar o debate sobre políticas socioeconômicas e fortalecer o intercâmbio entre sociedades que compartilham o desafio de equilibrar eficiência de mercado com justiça social.
Ano: 2014
ISBN: 978-85-7504-183-3
Producido por: Konrad Adenauer Stiftung
Editor: Felix Dane